quarta-feira, 10 de abril de 2013

Prefeitura de Viçosa ajuda a desocupar conjunto Santa Ana pacificamente

As 430 casas do conjunto habitacional Santa Ana, em Viçosa, em construção para abrigar as famílias em vulnerabilidade social, vítimas das enchentes de 2009 e 2010, estão sendo desocupadas pacificamente com a ajuda da prefeitura de Viçosa, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social.
 
De acordo com a coordenadora do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social de Viçosa – Maria Givalúcia, na última quinta-feira, 04 de abril, o cadastro realizado pela Secretaria de Assistência apresentava 306 casas ocupadas. “O trabalho de conscientização realizado pela prefeitura conseguiu reduzir este número pela metade até a manhã desta quarta-feira”, declarou a coordenadora.
Na segunda-feira, 8, o prefeito de Viçosa Flaubert Filho esteve no conjunto Santa Ana onde conversou com as pessoas que ainda resistiam a cumprir a ordem de reintegração de posse da justiça federal, de autoria da Caixa Econômica Federal. O prefeito explicou aos moradores que a ordem de reintegração de posse não é de autoria da prefeitura. “Fizemos a doação do terreno para a construção das casas, mas quem é responsável pela construção é a caixa, portanto gostaria que ficasse bem claro que não foi a prefeitura que solicitou a ordem de retirada das famílias”, explicou o prefeito.
Entendendo a situação de dificuldade vivida pela maioria das famílias que invadiram as casas, o prefeito Flaubert Filho informou que vai ajudar as famílias no que for necessário para acelerar a desocupação das casas e continuar a execução da obra que apresentava 96,5% de obra concluída, antes das invasões. “A Secretaria de Assistência está fazendo o levantamento do que as famílias estão necessitando para ajudar na desocupação pacífica do conjunto habitacional. Para os casos necessários, estaremos disponibilizando o aluguel social no período de 2 meses, que é superior ao prazo informado pela construtora para finalizar a obra”, evidenciou Flaubert Filho.
 
O cadastro para identificar as necessidades de cada família teve início terça-feira, 9. Muitas famílias estão voluntariamente deixando as casas. “A prefeitura já colocou a disposição caminhões e ajudantes para fazer a mudança das famílias. Estamos dando a assistência que as pessoas precisam. Além de uma administração responsável, somo pessoas solidárias e preocupadas com o bem estar social”, falou o prefeito.
 
EXECUÇÃO DA OBRA - A obra está sendo executada pela Construtora HF. De acordo com o responsável Hélder Rebelo “o atraso na obra aconteceu em virtude do inverno de 2011 e da falta de gente para trabalhar. Passamos um tempão com placa de vagas e ninguém aparecia, como nossa mão de obra era inferior a necessidade, ficamos perdendo tempo”.
 
Ainda de acordo com Hélder Rebelo, “a construtora está só esperando que as pessoas desocupem as casas para retomar o trabalho. Nossa meta é entregar as casas totalmente finalizadas no prazo de 45 dias a partir da data da entrega dos invasores”.
 
GERENCIAMENTO DE CRISE - A equipe do gerenciamento de crises da Polícia Militar esteve no conjunto na manhã desta quarta-feira, 10, com o intuito de conscientizar as famílias sobre a obrigatoriedade de cumprir a decisão judicial de forma pacífica para que não seja necessário fazer uso da força. “Estamos desenvolvendo um trabalho de conscientização para desocupação pacífica. Não temos o interesse de usar a força para cumprir a determinação judicial. Com o apoio da prefeitura está ficando mais fácil dialogar com a comunidade”.
 
O QUE DIZ A POPULAÇÃO – Luciana Carvalho é mãe de dois filhos e está com mudança agendada para a tarde de hoje. “O prefeito tá fazendo muito por nós. Estão criticando ele à toa. Flaubert tem nos ajudado muito. Nenhum prefeito faz com os desabrigados o que ele tem feito por nós. Por muito tempo pagou aluguel para minha família. Eu errei de ter invadido a casa, mas fui influenciada e por isso estou aqui. Agora sou consciente e vou desocupar a casa”.
 
Cristina Alves tem 33 anos e quatro filhos, ela lembra emocionada do dia em que perdeu sua casa na enchente. “No dia que perdi minha casa, o prefeito Flaubert me ajudou muito e ele sempre ajuda. Lembro como se fosse hoje o dia em que ele olhou para mim, deu um abraço e chorou comigo quando viu a situação. O prefeito colocou minha trouxa de roupa na cabeça e foi colocar do lado de fora da casa. Ele sempre está presente. Nunca nos deixou abandonados. Graças a Deus que temos ele para cuidar da gente”, falou a doméstica.
 
Fonte: vicosa.al.gov.br

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