Depois de contratar a “raposa para cuidar do galinheiro”, a CBF pode, mais uma vez, se superar na escolha do novo técnico da Seleção Brasileira. Nem Tite, nem Muricy Ramalho, nem Leonardo e muito menos Guardiola. De acordo com o site da Placar, o nome preferido pelo presidente José Maria Marin é ninguém menos que Dunga.
Pode até parecer piada, mas as informações, segundo a Placar, são de pessoas ligadas ao próprio mandatário da CBF. A boa relação do capitão do tetra com o novo coordenador de seleções da entidade, o empresário e ex-goleiro Gilmar Rinaldi, podem facilitar o retorno do ex-volante na próxima terça-feira, quando o novo comandante será a anunciado.
A relação de amizade entre Gilmar e Dunga começou no início da carreira de ambos, em meados da década de 80, quando atuaram juntos no Internacional. Depois disso, defenderam a seleção olímpica de 1984 e foram tetracampeões na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Ainda hoje, eles ainda mantém a amizade.
"LEGADO" DE DUNGA
A contratação de Dunga, caso se confirme, deve gerar uma insatisfação generalizada não só com a torcida, como também com a imprensa. Isso porque nos quatro anos em que esteve à frente da Seleção, entre 2006 e 2010, colecionou inimizades entre os jornalistas. Muito por conta de seu mau humor nas entrevistas e também por ter blindado totalmente a preparação para a Copa de 2010, onde caiu nas quartas perante a Holanda.
Outro fator que pesa contra Dunga foi seu método de trabalho na Copa passada. No melhor “estilo Felipão”, ele formou um time com jogadores com quem tinha afinidade e que faziam parte da sua “família”. E, para piorar, ignorou o futuro da Seleção, levando vários jogadores contestáveis e quase nenhum que pudesse ser aproveitado no futuro.
O treinador não se importou em deixar um legado e dar experiência a promessas para a Copa de 2014. Os exemplos emblemáticos foram as ausências do meia Ganso e o atacante Neymar, que viviam grande fase e não ganharam oportunidades. Por outro lado, foram levados jogadores como Michel Bastos, Josué, Kléberson e Grafite.
Além do passado pouco empolgante, Dunga também não tem apresentado números que sustentem sua contratação. De 2010 para cá, ele dirigiu apenas o Internacional em 2013. Apesar de conquistar o Gauchão daquele ano, saiu sem deixar saudades com menos de um ano de trabalho.
CEREJA NO BOLO
A chegada de Dunga seria uma cereja no bolo na série de trapalhadas de Marin e seu vice Marco Polo Del Nero. Afinal, eles mantiveram à frente da coordenação das seleções de base o ex-volante Alexandre Gallo, que não tinha experiência alguma quando contratado e, até hoje, não apresentou nada substancial para o desenvolvimento do futebol de base brasileiro.
Outro ponto negativo foi o anúncio da contratação de Gilmar Rinaldi, nesta quinta-feira. Além do fato de não ter experiência alguma para esta função específica, o ex-goleiro ainda exercia a função de empresário de jogador até quarta-feira à noite. Seu site ainda estava no ar enquanto dava entrevista na CBF. Fatos que só aumentam as suspeitas sobre as reais intenções da diretoria da CBF.
Fonte: Futebolinterior.com.br
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